Pela Ciclovia - Jorge Vercillo, Marcos Valle, Leila Pinheiro

Tarde cinza é não te ver\nOceano, te olhar\nSudoeste quer dizer\nChuva de vento no mar\nOnde anda o meu viver\nQuero vê-lo voltar\nDe mãos dadas com você\nNa beirinha do mar\nSó ele sabe\nA natureza espontânea e saudável do seu gostar\nMe tirou pra dançar com a própria vida\nO que pode fazer esse conviver\nToma e opera milagres\nSem mais, transforma\nO deserto em oásis\nPor vezes até parece miragem olhar você\nTarde cinza é não te ver…\nSó ele sabe\nAh, não te ver na praia me desnorteia\nEssa orla tão clara toda essa areia\nParece um saara a me castigar\nAh, essa mente aérea recria o mar\nEscorrendo em sua pele\nA onda quebra, meu sonho se fere\nE me faz voltar\nVai amanhecendo pela ciclovia\nVer você correndo, a vida se irradia\nO leme, o lido, a barra, o sábado inteiro\nO sol estende o seu tapete-luz só pra você passar\nMítica manhã dos pescadores\nSalva-vidas, futevôlei\nA bola pega alguém lá no tai chi chuan\nÉ como um balé à beira-mar\nOlha a bandeira do quiosque é um arco-íris